quinta-feira, novembro 28, 2013

Em poucas palavras

Rotina: o causador do nosso envelhecimento.
Orgulho: construtor ou destruidor de uma vida.
Decepção: conseqüência de nossos fracassos.
Audácia: a facilidade de sobreviver dos que não tem medo.

Loucura: a falta do que ocupar seus pensamentos.
Domínio: a capacidade de ver oportunidades no nada.
Foco: poder ver sem se perder nos embaraços.
Determinação: uma forma de prestígio capaz de mover montanhas.

Expectativa: divisor de águas entre o desejado e o alcançado.
Astúcia: o poder desenfreado dos sonhadores.
Harmonia: a balança entre o interior e o exterior.
Cautela: a sabedoria interferindo nas atitudes.

Busca: o desejo insaciável pelo seus anseios.
Motivo: agulha da bússola de nossas ações.
Dúvida: a razão e a emoção entrando em confronto entre si.
Julgamento: de forma errônea, a incapacidade de ver em si o que discutimos nos outros.
Sinceridade: o coração tentando de todas as formas ser verdadeiro nas palavras.
Sonho: a realidade se manifestando em nossos olhos fechados.

Em poucas palavras, tudo se resume, tudo se define,
dei meus conceitos a tudo que sei,
mesmo crendo que tudo que sei
não dá para ser definido,
nem em poucas palavras.

Autoria: Diego Ferreira

segunda-feira, novembro 25, 2013

Fios brancos

Um dia meu irmão disse que se sentia como um velho.
Eu respondi: A velhice está na mentalidade,
não nos traços físicos.

Na verdade agora percebo que estava errado,
pois meu corpo pode estar em perfeito envelhecimento
e minha alma, intacta.

A mente jamais fica velha, ela se rejuvenesce
a cada fio branco que surge em nós.
Cada fio é o marco de nossa sabedoria,
de nossas constantes lutas durante a vida,
e nossa mente, transmite em sua maturidade
a mais bela forma de juventude
que uma pessoa idosa poderia ter.

Envelhecer não mais o início de um fim próximo,
mas o início de uma vida para titãs,
para os colossos da vida, os veteranos,
os nossos mestres.


Um dia sei bem que meu corpo poderá estar
em sua completa destruição, em seu fim,
mas minha mente estará serena e feliz,
com tudo que proporcionou a si própria
e a esse corpo que carrega as marcas da vida,
seus fios brancos


Autoria: Diego Ferreira

quinta-feira, novembro 21, 2013

Para muitos... e de nós

Para os ingratos desejo um agradecer.
Para os pessimistas desejo o otimismo.
Para os lutadores desejo o perseverar.
Para os insensíveis desejo uma paixão.

Para os egoístas desejo alguém com quem se importar.
Para os incrédulos desejo a capacidade de acreditar.
Para os imaturos desejo um pouco de raciocínio.
Para os impacientes desejo a quietude.

Para os tolos desejo a sabedoria.
Para os falsos desejo a sinceridade.
Para os medrosos desejo o tentar.
Para os desesperados desejo a serenidade.

Para os ambiciosos desejo a simplicidade.
Para os arrogantes desejo menos insolência.
Para os intolerantes desejo mais calma.
Para os soberbos desejo a humildade.

Um pouco do mal em todos,
faço o meu desejo para esses,
esse mesmo mal que vemos em outros
e que de fato, pode estar em nós mesmos.



Autoria: Diego Ferreira


sábado, novembro 16, 2013

A menina e seus gatos

Não era bem uma menina, apesar de seu coração doce, mas já uma moça.
Carregava consigo as sete vidas de seus sete felinos
como se fosse a sua feliz vida única.
É uma linda história de amor, inexplicável de certo modo,
essa afetuosa relação entre si.
A menina não era de muitos amores,
até onde sei quase não a via com alguém.
Mas seus gatos a amavam.
E muito...

Não sei ao certo, mas poderia arriscar que eles e a menina
estavam sempre um ao encontro do outro dentro de casa,
no quintal, em seus sonhos, em seus corações...

É de se admirar tamanha fidelidade que há entre si.
É como se não vivessem sem a presença um do outro.
Ou não vivem (!)...

Outrora acharia eu que ela foi uma gata em vidas passadas,
pois a menina, agora moça sempre os entende.
Linda gata...

Há explicação pra isso?
Um amor que ela devotava a seus bichinhos até mais que a ela própria.
Que inveja, queria ser um gato (risos),
 hoje em diante esse forte amor é raro...

A menina moça envelhecerá, dia após dia,
mas seus gatos jamais sairão de sua volta,
jamais a esquecerão, jamais a abandonarão...


Ninguém morrerá, todos se eternizarão em sua memória.
Porque por mais que a vida deles seja curta,
seu coração de menina não é.


Autoria: Diego Ferreira

quarta-feira, novembro 13, 2013

Sinais de quando devemos nos calar

Sinais refletem a todos os instantes ao nosso redor .
Sinais ditos ou escritos, apagados ou em nossa memória.

Às vezes a vida sempre nos dá sinais de quando não está na hora,
que se seguirmos adiante não dará certo.
E parece quase que tentador confrontá-los, mas não dá. Não é possível ignorá-los.

Então nos calamos, cessamos, extinguimos,
como uma fonte d’água.
Sinais de quando devemos nos calar,
a vida se faz presente como em uma placa de stop. Pedindo-nos para que paremos, pensemos melhor,
não façamos loucamente o que podemos no fundo, não estarmos prontos.


Ela está nos alertando porque sabe que podemos sofrer, nos machucar,
sangrar daquela forma como nunca,
e que podemos deixar escapar uma oportunidade
por termos agido tão desatinadamente.
Ainda não é hora de falar,
ou não devo agir segundo meus preceitos.

De fato agora me calei, sentei e observo como as coisas se procedem,
não deixando que as minhas intensas vontades
tornem qualquer prazer de viver impossível.


A hora não é agora. A vida me avisou.
E eu estou dando ouvidos a esse aviso,
pois se tivermos apenas uma chance,
que dê certo,
e que possamos um dia agradecer esses mesmos sinais que já nos pararam,
mas que agora,
nos fazem seguir para frente,
por saber que a hora chegou.



Autoria: Diego Ferreira

sábado, novembro 09, 2013

Seu aprendiz

...aprendo diariamente a escutar sua voz.
A esperar sua companhia acolhedora
que tanto me faz bem, me faz feliz.
Aprendo diariamente,
sou seu aprendiz, seu fiel admirador.
Não preciso estar em sua presença
para te amar,
você escrevendo e nos meus pensamentos
já basta.
...aprendo a sorrir de verdade,
não um sorriso qualquer, mas de satisfação.
Que todas as coisas simples da vida
são mais prazerosas e valem muito mais
que todas as riquezas do mundo
e que o dinheiro poderia pagar.
Que a sinceridade e a humildade são,
de fato, espelhos da alma,
espelhos nítidos que irradiam
o melhor de nós para o mundo
E que da vida pra todo o sempre
apenas duas coisas:
o amor e a consciência.
Espero eu que continue sempre assim,
aprendendo a como te admirar,
como te amar,
como te desejar e sonhar contigo.
Pois haverá um dia em que eu terei aprendido
a te conquistar,
e o sonho não será mais acabado
quando eu acordar pela manhã.


Autoria: Diego Ferreira

quarta-feira, novembro 06, 2013

Do nada... amor

Do nada, minha palavra cessou, meu coração acelerou,
a respiração pesada e o suor escorreu pela pele.
A gagueira ficou inevitável e a vergonha, suprema,
me faz quieto diante de você.

Do nada perceber que já não te vejo com os mesmos olhos de antes,
que a admiração deixou de ser a principal importância sua em minha vida,
sorrir sem perceber quando te avisto ao longe.
Sempre puxar conversa, mesmo que seja bobagem,
só por sua voz, sua delicadeza, seu jeitinho pirado de ser.

Do nada, sem querer, sem pensar, sem pedir,
você me conquistou, me comoveu,
me fez sentir um nada perto diante de sua grandeza.
Você pode não saber, mas eu amo você,
talvez desde a primeira vez que te vi,
talvez desde o momento em que nasci,
talvez desde que nossos destinos se cruzaram.

Agora sei o que é esse fogo que arde sem se ver,
essa dor que desatina sem doer.
Não sei quantificar ou qualificar,
só que o meu coração queria sentir.

Na tempestade severa encontrei em seu sorriso
a calmaria dos ventos de minha existência...
Toma....
meu coração é seu!


Autoria: Diego Ferreira

segunda-feira, novembro 04, 2013

Palavras que constituem uma vida

São várias as palavras que constituem uma vida. Nas premissas, a vida já é uma palavra.
Não, claro, uma palavra qualquer.

Palavras que vêm atrás de um sorriso, atrás de uma lágrima,
atrás do silêncio ou até mesmo do grito.

Palavras que estão contidas na dor,
no amor, no perdão,
na calma ou na compreensão.

Um homem mudo não consegue falar,
Não consegue por para fora tudo o que sente
e que gostaria de dizer
mas quem sabe nós das palavras que seu coração
gostaria de dizer.

Palavras...
Palavras e momentos...
Palavras e vidas...

Ao passo que marchamos no decorrer de nossos destinos,
muitas palavras serão proferidas,
muitas também esquecidas,
e talvez as principais,
jamais ditas.


Autoria: Diego Ferreira

sábado, novembro 02, 2013

Chuva poética

A chuva e a poesia são semelhantes entre si.

Chuva irriga a terra. Poesia, a alma.
Chuva molha e hidrata tudo que toca. Poesia, o coração.
Chuva traz consigo o ótimo cheiro de terra molhada. Poesia, a sabedoria.
Chuva faz florescer até os solos mais inférteis. Poesia, a paz.

A chuva e a poesia são majestosas.

Chuva faz gotejar a água que nos purifica. Poesia, o calor das palavras.
Chuva vem e vai sempre no seu ciclo. Poesia, sempre na sua existência.
Chuva faz um som agradável aos nossos ouvidos. Poesia, ao nosso ser.
Chuva vem com relâmpagos que clareiam o céu cinza. Poesia, com a luz que clareia nossa vida.
Chuva após sua partida traz sempre os pássaros com seus cantos de alegria. Poesia, o conforto de suas verdades sinceras.

A chuva e a poesia são assim, tão perfeitas...

Tão imprevisíveis...
Tão calorosas...

A chuva cessa no horizonte...
mas sempre volta algum dia.
A poesia cessa quando paramos de lê-la...
mas sempre permanece viva em nossa paixão.


Autoria: Diego Ferreira