domingo, dezembro 06, 2015

Presos...

Muito lixo e pouco verde...
Isso é o que vemos pela janela da locomotiva
E a simpatia esvaiu-se perante tanta... pressa!
Essa pressa que nos faz mecanismos de uma rotina traçada a cada dia
que acordamos da mesma forma sempre
e vamos dormir exaustos por essa vida prolixa.

Honestidade se tornou graça para poucos bem-aventurados.
Já não se pode dizer se eles evoluíram
ou regrediram diante a tal feitos!
Os detalhes de um dia de vida vão aos poucos sendo esquecidos
e eles deixam de ver o quão a vida pode sim ser bela...
num dia cinzento, de chuva, de frio, de neblina!
Vida seria esta tão bela para ser inspirada em contos
mas de fadas, mas de homens e mulheres...
Que um dia foram para a batalha em busca de mudanças.

A calma...
e eu com minhas inquietudes externas
Consigo até as vezes apreciar dessa leveza
que nenhum escorrer de ponteiros pode me tirar.
A agitação ao redor não conturba a sensação de encontro a minha essência,
dada a essa altura necessidade de fechar os olhos para encontrar o meu silêncio.

De fato nos livramos da escravidão... das raças!
Para nos prendermos a uma jaula ainda maior...
A do tempo, do relógio, da rotina.
E assim nossa humanidade se torna cinza e fria
E nossos sentimentos, voltados ao cumprimento dos afazeres de um prazo estipulado no tempo.
A vida é mais que um cronômetro que nos diz estamos atrasados,
mas sim o espaço infinito entre o nascer e o morrer.


Autoria: Diego Ferreira